Conversa em prosa e verso III


Araciara Macedo e Willian Cardoso

"Quisera eu, querido meu, fazer parte da tua realidade. Quisera eu participar da tua atmosfera e respirar o ar que respiras. Quisera eu, carinho meu, poder adormecer nos teus braços. Quisera ouvirno meu ouvido os teus sussurros. Quisera eu, amor meu, sair do teu mundo virtual e ser real na tua presença, tocar o teu rosto e sentir o teu toque. Descubra-me, siga o cheiro de rosas desabrochadas que exala da minha alma e me encontrarás"
Quisera eu poder sentir teu toque...teus dedos macios tocando os meu cabelos de índio tucuju...
Tu, cujo nome é de uma tribo
Cujos pés é de raiz
Cujos olhos de caroço
Do caroço do açaí
Tu, cujo berço é graúdo
Cujo beijo é de sereia
Cujo canto é afinado
No canto da minha aldeia
Tu, cujo nome é de nativa
Cujo nome é dessa tribo
Dessa tribo do cabo norte
Dessa tribo tucuju.

“Quisera eu, meu índio tucuju, poder desfrutar do teu regalo, deitar a cabeça em teu colo e derramar em ti a minha essência de guerreira amazona”.

Quisera eu ir contigo minha ameríndia...ame a índia..a índia dos olhos cor da mata..a mata que mata a minha fome..a minha sede de amor...de ternura..deite comigo em minha rede esta noite e faça comigo o mais lindo poema personificado no curumim mais lindo destes braços fortes do cabo norte...

“Ditarei contigo em tua rede e nela teceremos o nosso curumim, te darei a minha poesia em forma de cheiro e toque de mulher do norte, de mulher no cio desejando o cio do macho com quem dorme”.

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